Depois da noite de amor,
o poeta sonha acordado...
Os mil ais sussurrados baixinho...
O delírio, o pudor violado...
Depois da noite de amor,
o poeta escreve mil versos...
dez mil rimas lhe enfeitam a mente...
às centenas, sonetos dispersos...
Das mil pintas no corpo da musa?
Epopeias à nódica amante.
Das mexidas da moça desnuda?
São milhões de haicais indecentes.
Zel Oliveira
Louca, vegetariana, filósofa, poetisa e cozinheira... Doce e ácida dependendo dos temperos... Dura
segunda-feira, 29 de junho de 2015
Criacionismo
E eis que pegou seu lápis,
e com este fez as palavras.
Delas construiu versos,
E viu que isso era bom.
E eis que os multiplicou,
e deles se alimentou,
e se embriagou e regurgitou.
e deles se alimentou,
e se embriagou e regurgitou.
E assim fez o amor e o aconchego...
Fez a dor, o júbilo e o delírio...
Fez a graça, a morte e o desespero...
Fez a dor, o júbilo e o delírio...
Fez a graça, a morte e o desespero...
E diante da enormidade,
de toda sua criação,
num instante de sobriedade,
gozou da transformação,
da palavra em calamidade,
e vislumbrando a maldade
da letal inspiração,
já sem culpa, na verdade,
com seu lápis descansou.
de toda sua criação,
num instante de sobriedade,
gozou da transformação,
da palavra em calamidade,
e vislumbrando a maldade
da letal inspiração,
já sem culpa, na verdade,
com seu lápis descansou.
Zel Oliveira
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