Com graça desce à fonte, plena e calmamente...
Cantarola os versos de um poeta morto...
Caminha pelo largo e distraídamente
remexe suas carnes de um lado pro outro.
Sem medo avista o incubo sob o sereno ralo.
Afoita, namora com as sombras furtivas.
As sete sombras dos sete falos!
As sete sombras das sete línguas!
E já demente de lascívia e vício,
dilacera-se a alma, rasga-se perdida!
E tendo findado, o demônio, o ofício
Já terno e doce lambe cada ferida...
_És um cão!_ ela diz, reconhecendo-o agora.
_Quantas vezes nos vimos nos sonhos de outrora?
Z.O.
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