Louca, vegetariana, filósofa, poetisa e cozinheira... Doce e ácida dependendo dos temperos... Dura

quarta-feira, 30 de abril de 2014

... amor e sangue...

 " Todo dia o mesmo sangue derramado,
     todo dia o mesmo amor silenciado..."
                 





Com a boca amordaçada,
e os sentidos deturpados,
coze a cozinheira.

Um boi morto na bancada?
as suas partes decepadas,
tempera a cozinheira.

Corta a carne cozinheira!
Limpa o sangue cozinheira!

Com a alma estraçalhada
e as mãos já calejadas,
vive a cozinheira.

Seu desejo estrangulado,
um amor tão esperado...
... ah!... pobre cozinheira...

Sufoca a voz cozinheira!
Engole o choro cozinheira!

(Zel Oliveira)

3 comentários: